NA ESCURIDÃO DA NOITE

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Portugal

Mais do que um blog de Poetas Anónimos... é um encontro de culturas...

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Duas horas de Poesia, Música, Conversas Poéticas, Agenda Cultural, Rubricas, na sua RTA às quartas-feiras a partir das 23h00 com Pedro Nobre & Rute Antunes, nós esperamos por si...


  

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Portugal (de nome oficial República Portuguesa) fica situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da Península Ibérica e é o país mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território de Portugal compreende ainda as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, situados no hemisfério norte do Oceano Atlântico.

Durante os séculos XV e XVI, Portugal era a maior potência económica, social e cultural do mundo, com um vasto império mundial. É hoje um país desenvolvido, economicamente próspero, social e politicamente estável e humanamente desenvolvido. Membro da União Europeia desde 1986, é um dos países fundadores da Zona Euro, NATO (ou OTAN) e da OCDE.

Capital Lisboa (38°42'N 9°11'O)
Língua oficial Português
Governo Democracia parlamentar
Formação (868 d.C.)
- Independência: 24 de Junho de 1128
- Reconhecida: 05 de Outubro de 1143

Área
- Total: 92,391 km²
- Água: (%) 0.5

Fonte: wikipedia

 
 


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  sexta-feira, setembro 30, 2005

  A PASSAGEM 

 


Já fui criança
Fui jovem
Brinquei com bolas de trapo
Também já perdi a esperança
Tive a vida num farrapo.

Quando jovem
Tive sonhos
Como toda a gente tem
Andei por sítios medonhos
Que não interessam a ninguém.

Também fui feliz um dia
Por pouco tempo talvez
A vida não me sorria
Mas hoje
Mas hoje sou feliz outra vez.

Agora já homem feito
Sei o que quero e onde vou
Nos meus sonhos dou um jeito
Mas sei que nada é perfeito
E sou apenas quem sou.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  quinta-feira, setembro 29, 2005

  UMA MENSAGEM... 

 

Sua era a beleza
Muito abaixo me encontro
Invocando grande tristeza
Um sentimento de confronto
Debaixo do chão estou
Tudo ali ficou

Então agora que fazer?
Um novo mundo procurar
Para de novo viajar
Voltar a sentir
Para poder sorrir
Em alto mar quero navegar
Para de novo repousar...

Escrito por Pedro Nobre e John (29/09/2005, 15h30)
 

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  quarta-feira, setembro 28, 2005

  DESTAQUE DA SEMANA... MANUEL REIS 

 


Este nosso amigo, encontra-se connosco praticamente desde a primeira hora em que este espaço foi iniciado. É o mais antigo dos nossos colaboradores, colocando ao serviço do Na Escuridão da Noite, sempre que o tempo lhe permite, a sua presença de espírito, e a sua enorme capacidade cultural.

E hoje… o poeta é… Manuel Reis!!!

Agora, que escrevo acerca deste nosso amigo… não posso resistir a relembrar, talvez o seu primeiro escrito presente neste nosso blog… com um título em Latim (língua que eu adorava saber dominar) para um escrito onde ele faz uma reflexão muito sentida acerca do estado de coisas do mundo actual…

E hoje… o poeta é… Manuel Reis!!!

Sinceramente, espero, e certamente todas as pessoas que colaboram neste espaço do poeta anónimo esperam, poder continuar a “sentir” a sua presença aqui…
E hoje… o poeta é… Manuel Reis!!!
Escrito por John
 

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  segunda-feira, setembro 26, 2005

  O ENCANTAMENTO DA NATUREZA 

 


O amanhecer...
Ah! O amanhecer me renova.
Os pássaros com seus cantos suaves.
Nos jardins perfumados, flores coloridas cantam sorrisos.
Sinto-me flutuar por entre essas maravilhas.
O sol...
Ah! O sol radiante. Brilhando intensamente, doando sua beleza e calor a todos...
Ao entardecer, cores misturam-se no céu como um retrato do Criador.
As árvores...
Ah! As árvores com seus frutos frescos. Está sempre disposta a saciar nossa fome.Não
Reclama de ser, algumas vezes, apedrejada por aqueles que querem seus frutos
O amanhecer é sempre uma mensagem de paz aos corações inquietos.
A noite cai então...
Abrem-se as cortinas anunciando o espetáculo estrelar...
Luzes brilham no infinito.
A lua...
Ah! O luar...
Como é belo mergulhar nesses mistérios encantados e surpreender as leis do Amor...
O vento...
O mar...
A chuva, lavando nossa alma e ao mesmo tempo saciando a sede da natureza.
Como não agradecer e elevar a alma diante dessas maravilhas...?
Nunca estamos sozinhos...
Há sempre campos floridos esperando nossa visita...
Haverão sempre as estrelas para ouvir nossos segredos e desabafos...
E os animais...?
Tão amigos e carinhosos. Estão sempre prontos a nos socorrer, nos fazer companhia...
Meditemos em tudo isso e jamais nos sentiremos solitários.A natureza nos chama...
Como não agradecer e elevar a alma diante dessas maravilhas...?
Nunca estamos sozinhos...
Há sempre campos floridos esperando nossa visita...
Haverão sempre as estrelas pra ouvir nossos segredos e desabafos...
Escrito por Bam
 

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  REGRESSO AO PASSADO 

 


De frente para ti
Disse-te que te amava
Os teus olhos diziam o mesmo
Mas o teu orgulho subiu mais alto
Eu sei que te magoei em certas circunstâncias
Mas tu partiste para longe do meu coração
Não sei o porquê
Um deixar de gostar estranho
No que falhei eu?
A minha vida mudou sem ti
A lua escondeu-se
A rua ficou mais vazia
Até as minhas lágrimas secaram
Sinto tanto a tua falta
Onde estás?
Será que já casaste?!
Tu tinhas razão
Que eu iria ficar sozinho e abandonado
Se nada fizesse pela vida.
Mas ainda hei-de elevar o meu nome bem alto
E ai lembrarás de mim.
Eu fiz tudo por nós
Tu fugiste e humilhaste-me sem deixar rasto
Eu também tive de me afastar
De ti e todos
Voltar a nascer e do zero começar
Foi difícil levantar
Mas agora estou no caminho certo
Podiamos ter sido tão felizes...
Fica ciente
Fizeste-me mudar muita coisa em mim
Terás sempre o teu cantinho bem guardado
Obrigado por tudo…

Escrito por Pedro Nobre (05/08/2005, 18h38)

 

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  domingo, setembro 25, 2005

  AS RUAS DA CIDADE 

 


Nas ruas desta cidade
Há tanto que descobrir
Há senhoras com vaidade
Há crianças a sorrir
Há homens de muito trabalho
Há os que nada fazem
Há doutores e engenheiros
Há soldado na parada
Cada rua seu costume
Cada janela uma flor
Cada jardim seu perfume
A cada esquina um amor
Ruas largas ruas estreitas
Uma rua que não finda
Tem umas mais perfeitas
Évora cidade linda.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  sábado, setembro 24, 2005

  PARABÉNS BAM 

 



A equipa de "Na Escuridão da Noite", vem por este meio desejar um feliz aniversário a uma das nossas colaboradoras, do lado de lá do Atlântico. É também a colaboradora mais jovem do nosso blog... para ela, que este seja mais um dia feliz, passado na companhia da sua família e amigos. De todos os que colaboram no nosso blog, um grande beijinho para ela.

 

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  sexta-feira, setembro 23, 2005

  A CAMINHADA 

 

O luar da noite
Invadiu a madrugada
Como se fosse dia
Caminhando pela estrada
Sozinho nada sentia

Aqui e ali descansava
Numa pedra ou num rochedo
E depois continuava
Pela madrugada sem medo

Sempre sem rumo certo
Continuava a andar
Julgando que estava perto
Sem saber quando chegar

Chegou ao fim do caminho
O seu corpo estremeceu
E viu que não estava sozinho
Quando o dia amanheceu.

E quem era? Era eu?
Na sombra dos passos meus...
A companhia que eu tinha
No luar da madrugada
Era a presença de Deus.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  quarta-feira, setembro 21, 2005

  LIBERDADE... 

 

Spencer williams Gallery

Eu quero ser livre...
Soltar-me como uma ave
Libertar-me de tudo
Quero viajar, quero...
Viajar pelas alegorias da mente, do pensamento
Eis-me liberto, eis-me procurando a libertação
Eu quero ser livre...

Escrito por "Manuel Reis"
 

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  segunda-feira, setembro 19, 2005

  SUSPIRO DE AMOR 

 

Estamos na fase do dia onde a tristeza é profunda
Hoje a minha amiga não me está a observar
Também não sei o que lhe dizer, a inspiração não abunda
Mas sinto-me triste por não poder amar

Em tempos sentia-me venturoso
Até me fizeste renascer
E de novo fiquei receoso
Pelas figuras que me viste fazer

Traçado já estava o meu fado
Que me levou a reflectir
O teu sorriso rasgado
Que todos os dias to via repetir

Já à muito não gostava de alguém assim
Foi bom no teu caminho cruzar
O teu rosto de cetim
Não consigo parar de pensar

Sou um trovador
Para ti o meu corpo queria oferecer
Neste poema de dor
Que te estou a escrever

Na rua, o cair da chuva sobre a tormenta
De gota a gota atenuando o sofrimento
Que já não se aguenta
Para evitar e não ver mais tudo cinzento

Sinto-me infeliz por não te ver
Este segredo te quero recitar
Mas agora em silêncio irei sofrer
Esperando pelo teu acenar.

Escrito por Pedro Nobre (08/08/2005, 21h33)
 

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  domingo, setembro 18, 2005

  DUPLO SENTIDO 

 


Amar-te-ei para todo o eternamente
Guardar-te-ei para todo o sempre
Como gentil recordação
Que me aquece o coração
Que clarifica a minha mente
Que me devolve a razão
Que me leva ao sabor da corrente
Que sempre me dá a mão
O sonho é tão bonito
É tudo um jardim florido
A realidade, essa, é bem diferente
Sinto que o amor está ausente
Procurarei limpar-te da minha mente
Libertar-me de ti finalmente
É isso que eu desejo

Nota do autor: quem ler este poema de cima para baixo, como normalmente se lê, vai entender uma mensagem totalmente contrária à mensagem que o poema tem se for lido de baixo para cima… Lembro-me de uma vez, ter visto um poema assim num blog, e desde essa época fiquei com vontade de escrever um nesse género…

Escrito por John
 

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  BANCO DE JARDIM 

 


Sentado num banco de jardim
Vejo as crianças brincando
Têm sorrisos sem fim
Espalham alegria sonhando

Sentado num banco de jardim
Vejo pássaros que voam
Em liberdade
Sinto alegrias ao vê-las
Mas também sinto saudade

Sentado num banco de jardim
Vejo luz e vejo esperança
Até me lembro de mim
Quando eu era criança

O tempo passou
Pelo jardim desgastado
Tanta gente ali sonhou
Naquele banco sentado

Pássaros já lá não cantam
Crianças não brincam lá
Nele já nada plantam
Mas o velhinho banco
Ainda lá está.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  quinta-feira, setembro 15, 2005

  PODER DO AMOR 

 


Maldito seja o seu olhar
Que me atravessa e despe devagar
Maldita seja a sua boca
Que me sacia a sede louca
Não sei mais o que faço
Fico neste embaraço
Só busco o seu amor
Para não sentir a dor
Pois que ele é toda a minha vida
Que agora anda tão perdida
Prendo-me num instante
E procuro-o incessante
Como se vê-lo me bastasse
E só disso precisasse
Motiva de impaciência
A minha consciência
Inflama o fogo dentro de mim
Que vai ardendo sem fim
Faz-me desejar
Ao ponto de não pensar
Sem porquê, impele-me a descobrir uma cura para a minha falta de crença
Quando nela já vejo uma doença
Pois se quando julgava o amor a minha cura
Este quase me levava à loucura
Vens, estás, vais, no silêncio mudo
Como se soubesses sempre tudo
E dizes-me para não pensar
Que isso a nada vai levar
Roubas-me a calma
Cegas-me a alma
E eu, contento-me e esqueço-me perdida
Mais uma naufraga à deriva
Evitando pensar para não chorar
Por fim resigno-me e deixo-me levar…

Escrito por Helena Limpinho
 

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  SEDUÇÃO 

 

Apodera-me a mente
Com o poder do teu olhar
Faz-me sentir impotente
Põe-me a sonhar

Leva-me contigo
Para qualquer lugar
Dá-me o sinal e eu te sigo
Nem que seja para o fundo do mar

O teu corpo quero sentir
A imergir à luz do luar
Para te poder seduzir
E fazer-te transpirar

Nós no areal rebolados
Loucos inconscientes
No mundo, isolados
Aumentando a tensão das mentes

Até ao raiar do dia
Agarrados ao acordar
Da noite que teve magia
Que me faz divagar...

Escrito por Pedro Nobre (10/08/2005, 15h26)
 

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  QUEBRAR DO CICLO 

 


Pensamento que sempre voa, levado pelo vento,
vogando pela minha imaginação
Memória que muito magoa, carregada de tormento,
aflige meu pobre coração
Mesmo que me doa, todo este sentimento,
tenho por minha obrigação
Não pensar à toa, acabar o sofrimento,
para recuperar a razão.

O ciclo devo quebrar, para não morrer, para de novo sorrir
Vou voltar a acreditar, se quero viver, para o jardim florir
A memória vou enterrar, procuro agora esquecer, quero vê-la a partir
O ciclo vou quebrar, os cacos esconder, para poder então…
Amar.

Escrito por John
 

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  quarta-feira, setembro 14, 2005

  REVOLTA 

 


Um raio de sol
Uma réstia de esperança
Um sorriso apagado
Um rosto magoado
Olhos tristes de uma criança

É o mundo que temos
E nós nada fazemos
Nada podemos fazer
Em cada esquina
Em cada rua
Há uma criança a sofrer

Chegou o momento
Vamos unir forças
E vencer
Vamos ouvir a verdade
Não queremos crianças a sofrer
Queremos crianças que brinquem
E que correm com felicidade.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  terça-feira, setembro 13, 2005

  ESPELHO DA VIDA 

 


Para o espelho olhei
O meu rosto se modificou
Uma lágrima derramei
Adulto já sou

Cresci e não dei pelo tempo passar
Por tantos caminhos andei
Mas sempre na sombra do teu olhar
Hoje foi de ti que me lembrei

O teu sorriso que me vacilou
Que irei sempre relembrar
O tempo para mim parou
Quanto te vi abalar

Ainda te chamei
Até o meu coração ainda te procurou
Eu sei que também te magoei
Foi tempo em vão e a nada levou

Espero que já saibas o que significa amar
Contigo nunca mais falei…
Por vezes quando observo o mar
Penso no que nos aconteceu e que alto sonhei

O meu amor já se acabou
Estas águas turvas me fizeram pensar
Que a oceanos mais calmos me levou
Para de novo amar

Espelho meu eu sei que errei
Até tanto tempo já passou
Não o aproveitei
Agora o meu rosto se modificou…

Escrito por Pedro Nobre (08/08/2005, 18h47)
 

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  VIAJANTE DA NOITE 

 


São três da madrugada. O silêncio invade as ruas da cidade, só há mundo adormecido, pelas ruas estreitas sopra uma brisa fria e embora estejamos em pleno mês de Agosto. Eu ia avançando pelo silêncio da noite, ao longe ouvia-se o ruído das fábricas que ainda mantêm o seu trabalho durante a noite, aqui até se ouve o miar de um gato que tenta encontrar o seu jantar. Mais à frente ouve-se também o gemido de um sem abrigo que tal como os animais tenta encontrar o seu jantar. Antes de avançar, parei para pensar: em pleno século XXI como pode existir tanta pobreza e fome num pacata cidade alentejana. Decidi então avançar em sua direcção, voltei para trás encontrei uma estação de serviço e entrei, olhei para o pouco dinheiro que tinha, contei-o várias vezes, era pouco. Comprei alguma coisa para aconchegar o estômago, mas de repente lembrei-me do sem abrigo que tinha encontrado fui ao seu encontro e partilhei com ele a comida que tinha comprado. Emocionado ele agradeceu-me. Pouco tempo depois dei comigo sentado ao lado a contarmos histórias das nossas vidas. Rapidamente amanheceu e o dia aclarou, a cidade acordou e eu segui para a minha casa como fosse um viajante da noite...

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  domingo, setembro 11, 2005

  EU ANJO 

 


Há um silêncio total dentro de mim.
Assusto-me...
Tenho medo dele...
Minha alma chora por não achar sentido.
Pensamentos me confundem.
Perco-me na noite escura depois de um dia claro e luminoso.
- A realidade é muito estranha...
-"Deus me perdoe creio que estou divagando sobre o nada"
Mas alguma coisa se quebrou em mim.
Tenho que recuperá-la,
Antes que o silêncio englobe meu ser,
E a realidade torne-se um fardo.
Quero ir além...
Quero alcançar tons belos...
Cortar essas asas que me impedem de encontrar-me.
Essas asas que só me trazem o que sempre evitei viver.
Tenho forças para isso...
Vou recomeçar tudo outra vez...
Mas com o coração em paz,
Sabendo que não precisarei mais de asas, criadas essas por mim...

Escrito por Bam
 

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  SE EU TIVESSE ASAS 

 


Se eu tivesse asas
Voaria sem parar
Vivia como um pássaro
Livre e sempre a voar

Se eu tivesse duas asas
Não punha os pés na terra
Daria alegria ao mundo
Espalhando paz em vez de guerra

Se eu tivesse duas asas
Em vez de duas mãos ter
Voava e gritava ao mundo
Sou eu! Deixem-me viver

Mas como asas não tenho
Também não posso voar
Só posso andar no chão
Só me resta ser quem sou
E viver na solidão.

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  sábado, setembro 10, 2005

  HÁ DIAS ASSIM... 

 


Quem Diabo sou eu…?
Que pessoa invulgar…
Que dia o meu…
Que me faz delirar…

Há dias assim…
De manhã à noite…
Que nada vem para mim
A não ser um açoite…

Tudo o que se faz…
Acontece das piores maneiras
Neste dia só sou capaz
De fazer asneiras…

Mandaram-me dormir…
Acordado ainda estou
Acordado, e a sentir
Este dia que passou…

Hoje, todas aquelas histórias
Tudo aquilo que passei
Todas aquelas memórias
Tudo aquilo que amei
Tudo ao de cima voltou
Tudo o que devo esquecer
Tudo aquilo regressou
Para mal do meu sofrer…

Dormir, eu devo, talvez…
Adormecendo eu possa
Fechar os olhos de vez
Sair desta fossa
Sonhar, eu devo isso a mim
Sonhar para amanhã
O dia não ser tão ruim
Será esperança vã…?

Escrito por John (09/09/2005) 1h55
 

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  NA SOMBRA DA PRAIA 

 


Estendido sobre a minha toalha
No meio do extenso areal
Onde todos se deleitam com o calor enviado pelo sol
Uns de pele mais clara, outros de pele mais morena
O aroma dos protectores solares paira no ar
As gargalhas, os pulos de crianças a brincar
Ao longe, quase a perder de vista, uma traineira
Gaivotas, parecendo fazer escolta.
A água do mar está serena e de temperatura agradável
Como é bom aqui estar, poder sentir e observar
A minha mente já está a começar a navegar
Em encontro do mundo que ninguém vê
A pensar naquilo que te faz infeliz
Os dissabores, as tristezas, o mundo…
As sombras da minha vida
Mas nunca me irão deixar viver em paz?
Ando farto da vossa companhia
Ainda por cima, ninguém vos convidou…
Sinto-me tão infeliz…
Desejo tudo e nada tenho
Ou melhor, o que ambiciono ter
Centenas são as pessoas que me rodeiam
Será que pensam ou têm os mesmos problemas que eu?
Os seus rostos mostram satisfação e alegria
Ou usam as mesmas máscaras que eu?
Somos todos iguais…
Cada um com o seu(s) problema(s)
Uns têm tudo, são tristes
Outros nada têm, tristes são.
Aqui somos todos iguais
Não havendo diferenças de classes sociais
Deitamo-nos todos na mesma areia
Vamos a banhos à mesma água
Bronzeamo-nos com o mesmo sol.
Mas não conhecemos ninguém
Cruzam-se olhares
Conversas soltas surgem
Ao lado de estranhos nos deitamos
A praia é milagreira
Tornando-a na verdadeira essência humana
Natureza e seres vivos juntos num só
Mas, quando voltamos ao nosso pequeno mundo
Nos esquecemos destes momentos
Sem classes sociais, nem preconceitos
Uns mais vestidos, outros semi-nus ou quase nus
E assim na sombra da praia
Descrevo o que vejo e o que penso
O que todos sabem, mas não fazem lema de vida…

Escrito por Pedro Nobre (21/07/2005) 10h00
 

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  sexta-feira, setembro 09, 2005

  POEMA DA VIDA 

 


Com as minhas mãos
Escrevi poemas da vida
Com as minhas mãos
Desenhei um caminho
Que não tinha saída
Com as minhas pernas
Segui na noite sem fim
Com as minhas pernas parei
E disse: o que será de mim?
Com os meus olhos eu segui
Uma estrela cintilante
Com os meus olhos eu vi
Que o caminho que tinha
Desenhado tinha uma saída
Lá mais adiante

Escrito por Paulo C. Silva
 

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  quinta-feira, setembro 08, 2005

  LIBERTAÇÃO 

 


Quando eu vi naquela gente de pé no chão
De pele vermelha, cabelos lisos
Muitos Risos...Admirei
Quando eu vi aquela gente contente de Ter o céu como teto
A lua como enfeite,
A terra como o chão,
E o mar para brincar
Percebi onde mora a liberdade
Aquela gente que em cada rosto deixava exposto
A simplicidade
Quando eu vi, enxerguei
Que na terra não há rei,
Que os muros nos separam...
E os concretos não nos deixam ver o céu
Senti uma aflição e alma irriquieta
O que é ser livre na cidade? Indago.
Não sei...respondo.
Quando vi naquelas pessoas de pés descalços,
Que andam a pé, contando somente com o hoje!
Eu me envergonhei de minhas tolas ambições,
De minha falsa modéstia...
Que me faz prisioneira do meu desejo.Que me molesta!
E aí comecei a entender um pouco o sentido da liberdade,
Percebi o que me tranca
São as grades da vaidade

Escrito por Apoetisa
 

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  quarta-feira, setembro 07, 2005

  TESTAMENTO 

 


Quando um dia for velhinho
Já sem nada poder ver
Caminho devagarinho
Mas já não posso escrever

Esse tempo há-de chegar
Bem depressa podem crer
De nada serve chorar
Sei que um dia vou morrer

Muitos anos vão passar
Por estas ruas pequenas
Um dia hei-de encontrar
Alguém que possa contar
A vida ao ler os meus poemas

Estes tão profundos temas
Que eu escrevo com sentimento
Eu nada posso deixar
Só deixo os meus poemas
No meu pobre testemunho...

Escrito por Paulo C. Silva
Foto cedida por Pedro Nobre
 

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  SOFRIMENTO 

 


Vida em consternação
Que a noite rejuvenesce
Não querendo a cicatrização
Da solidão que me enfraquece

O dia de luto se vestiu
Sentindo o meu mortificar
O meu olhar fugiu
Não quis cá ficar

Uma lágrima mais a aviltar
Pensando no tempo que já é passado
Para trás quero regressar
Sair deste mundo isolado

Na estrada ando perdido
Ao encontro da felicidade
De um amor falecido
Que já me cria saudade

Há alturas na vida
Quando paramos para pensar
Não encontramos saída
Deste sentimento que nos faz magoar

Será que devo desistir?
Mas sozinho não quero morrer
Aparece para eu te seguir
E a minha escuridão desaparecer…

Escrito por Pedro Nobre (18/08/2005, 21h01)
Foto cedida por Pedro Nobre
 

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  terça-feira, setembro 06, 2005

  A TEMPESTADE (PARTE 3) 

 


Longe está ainda de findar
Esta situação em que me encontro
Ainda tenho muito que vogar
Por este mar revolto…

Impedi a nau de naufragar
Deus veio em meu auxilio
Mas à deriva estou a navegar
Continua o meu martírio…

Vento… que sopraste forte
Afasta-me agora desta morte
A um abrigo me deves levar,
De modo a eu poder a nau reparar
Chuva… que caíste violenta
Durante esta grande tormenta
Lava agora a minha dor
Deste meu coração sofredor
Sol… que te escondeste assim
Durante a tempestade sem fim
Vem-me agora confortar e aquecer
De modo a melhor sobreviver
Lua… que assististe a todos os enredos
Testemunhaste todos os meus medos
Vem-me agora guiar e alumiar
Com a bela-luz do teu luar
Mar… tuas ondas deveras ameaçaram
Violentamente a minha nau balouçaram
Embala-me agora suavemente
Embala agora a minha mente…

Escrito por John
 

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  segunda-feira, setembro 05, 2005

  UM POEMA 

 


Um rasgo na mente
Um rabisco escrito com precisão
Uma vida descente
Uma memória em perdição

Um amor que se perdeu
Um amor que ainda não se conquistou
Um olhar que se esvaneceu
Um olhar que se vidrou

Um sentimento de pecado
Um sentimento de ressentimento
Um escape por não ter amado
Um escape ao sofrimento

Uma lágrima não chorada
Uma lágrima em dilúvio
Uma vida por felicidade
Uma vida em distúrbio

Uma vivência para reflectir
Uma vivência para não recordar
Uma sina para não se repetir
Uma sina que nos faz reforçar

Uma vida descente
Uma memória em perdição
Um rasgo na mente
Um rabisco com precisão.

Escrito por Pedro Nobre (09/08/2005, 19h10)
Foto cedida por Pedro Nobre
 

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  domingo, setembro 04, 2005

  PARABÉNS HELENA LIMPINHO 

 


A Equipa do Na Escuridão da Noite vem por este meio desejar os parabéns à nossa colaboradora Helena Limpinho que cumpre mais um ano de vida hoje. A ela, tudo de bom, sempre na companhia de quem estima. Um grande beijinho de todas as pessoas que colaboram neste nosso blog.
 

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  quinta-feira, setembro 01, 2005

  A TEMPESTADE (PARTE 2) 

 


Tão cedo não vou esquecer
Esta grande tempestade,
E o que me fez sofrer
Por sua vontade…?
Uma coisa não quero crer
Que tinha sido por maldade...
Que quase me afundou
Num mar de fatalidade
Onde quase tudo acabou…

Agora posso aqui dizer
Que me sinto à vontade,
E já não estou a sofrer
Por essa tempestade.
Que quase me fez morrer...
Sem fugir à realidade,
Continuo a ser quem sou
Mas que o meu pensar mudou.
É uma cruel verdade
E o meu amor terminou…

Escrito por John
 

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