Duas
horas de Poesia, Música, Conversas Poéticas, Agenda Cultural, Rubricas, na sua
RTA às quartas-feiras a partir das 23h00 com Pedro Nobre & Rute Antunes,
nós esperamos por si...
Portugal
(de nome oficial República Portuguesa) fica
situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da Península Ibérica e é o país
mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a
Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território de Portugal compreende ainda as
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, situados no hemisfério norte do
Oceano Atlântico.
Durante os séculos XV e XVI, Portugal era a maior potência económica, social e
cultural do mundo, com um vasto império mundial. É hoje um país desenvolvido,
economicamente próspero, social e politicamente estável e humanamente
desenvolvido. Membro da União Europeia desde 1986, é um dos países fundadores da
Zona Euro, NATO (ou OTAN) e da OCDE.
Capital
Lisboa (38°42'N 9°11'O) Língua oficial
Português
Governo
Democracia parlamentar Formação
(868 d.C.)
- Independência: 24 de Junho de 1128
- Reconhecida: 05 de Outubro de 1143 Área
- Total: 92,391 km²
- Água: (%) 0.5
Este nosso amigo, encontra-se connosco praticamente desde a primeira hora em que este espaço foi iniciado. É o mais antigo dos nossos colaboradores, colocando ao serviço do Na Escuridão da Noite, sempre que o tempo lhe permite, a sua presença de espírito, e a sua enorme capacidade cultural.
E hoje… o poeta é… Manuel Reis!!!
Agora, que escrevo acerca deste nosso amigo… não posso resistir a relembrar, talvez o seu primeiro escrito presente neste nosso blog… com um título em Latim (língua que eu adorava saber dominar) para um escrito onde ele faz uma reflexão muito sentida acerca do estado de coisas do mundo actual…
E hoje… o poeta é… Manuel Reis!!!
Sinceramente, espero, e certamente todas as pessoas que colaboram neste espaço do poeta anónimo esperam, poder continuar a “sentir” a sua presença aqui…
O amanhecer... Ah! O amanhecer me renova. Os pássaros com seus cantos suaves. Nos jardins perfumados, flores coloridas cantam sorrisos. Sinto-me flutuar por entre essas maravilhas. O sol... Ah! O sol radiante. Brilhando intensamente, doando sua beleza e calor a todos... Ao entardecer, cores misturam-se no céu como um retrato do Criador. As árvores...
Ah! As árvores com seus frutos frescos. Está sempre disposta a saciar nossa fome.Não
Reclama de ser, algumas vezes, apedrejada por aqueles que querem seus frutos
O amanhecer é sempre uma mensagem de paz aos corações inquietos.
A noite cai então...
Abrem-se as cortinas anunciando o espetáculo estrelar...
Luzes brilham no infinito.
A lua...
Ah! O luar... Como é belo mergulhar nesses mistérios encantados e surpreender as leis do Amor... O vento... O mar... A chuva, lavando nossa alma e ao mesmo tempo saciando a sede da natureza. Como não agradecer e elevar a alma diante dessas maravilhas...?
Nunca estamos sozinhos...
Há sempre campos floridos esperando nossa visita...
Haverão sempre as estrelas para ouvir nossos segredos e desabafos...
E os animais...?
Tão amigos e carinhosos. Estão sempre prontos a nos socorrer, nos fazer companhia...
Meditemos em tudo isso e jamais nos sentiremos solitários.A natureza nos chama... Como não agradecer e elevar a alma diante dessas maravilhas...? Nunca estamos sozinhos... Há sempre campos floridos esperando nossa visita... Haverão sempre as estrelas pra ouvir nossos segredos e desabafos...
De frente para ti Disse-te que te amava Os teus olhos diziam o mesmo Mas o teu orgulho subiu mais alto Eu sei que te magoei em certas circunstâncias Mas tu partiste para longe do meu coração Não sei o porquê Um deixar de gostar estranho No que falhei eu? A minha vida mudou sem ti A lua escondeu-se A rua ficou mais vazia Até as minhas lágrimas secaram Sinto tanto a tua falta Onde estás? Será que já casaste?! Tu tinhas razão Que eu iria ficar sozinho e abandonado Se nada fizesse pela vida. Mas ainda hei-de elevar o meu nome bem alto E ai lembrarás de mim. Eu fiz tudo por nós Tu fugiste e humilhaste-me sem deixar rasto Eu também tive de me afastar De ti e todos Voltar a nascer e do zero começar Foi difícil levantar Mas agora estou no caminho certo Podiamos ter sido tão felizes... Fica ciente Fizeste-me mudar muita coisa em mim Terás sempre o teu cantinho bem guardado Obrigado por tudo… Escrito por Pedro Nobre (05/08/2005, 18h38)
Nas ruas desta cidade Há tanto que descobrir Há senhoras com vaidade Há crianças a sorrir Há homens de muito trabalho Há os que nada fazem Há doutores e engenheiros Há soldado na parada Cada rua seu costume Cada janela uma flor Cada jardim seu perfume A cada esquina um amor Ruas largas ruas estreitas Uma rua que não finda Tem umas mais perfeitas Évora cidade linda.
A equipa de "Na Escuridão da Noite", vem por este meio desejar um feliz aniversário a uma das nossas colaboradoras, do lado de lá do Atlântico. É também a colaboradora mais jovem do nosso blog... para ela, que este seja mais um dia feliz, passado na companhia da sua família e amigos. De todos os que colaboram no nosso blog, um grande beijinho para ela.
Eu quero ser livre... Soltar-me como uma ave Libertar-me de tudo Quero viajar, quero... Viajar pelas alegorias da mente, do pensamento Eis-me liberto, eis-me procurando a libertação Eu quero ser livre...
Estamos na fase do dia onde a tristeza é profunda Hoje a minha amiga não me está a observar Também não sei o que lhe dizer, a inspiração não abunda Mas sinto-me triste por não poder amar
Em tempos sentia-me venturoso Até me fizeste renascer E de novo fiquei receoso Pelas figuras que me viste fazer
Traçado já estava o meu fado Que me levou a reflectir O teu sorriso rasgado Que todos os dias to via repetir
Já à muito não gostava de alguém assim Foi bom no teu caminho cruzar O teu rosto de cetim Não consigo parar de pensar
Sou um trovador Para ti o meu corpo queria oferecer Neste poema de dor Que te estou a escrever
Na rua, o cair da chuva sobre a tormenta De gota a gota atenuando o sofrimento Que já não se aguenta Para evitar e não ver mais tudo cinzento
Sinto-me infeliz por não te ver Este segredo te quero recitar Mas agora em silêncio irei sofrer Esperando pelo teu acenar.
Amar-te-ei para todo o eternamente Guardar-te-ei para todo o sempre Como gentil recordação Que me aquece o coração Que clarifica a minha mente Que me devolve a razão Que me leva ao sabor da corrente Que sempre me dá a mão O sonho é tão bonito É tudo um jardim florido A realidade, essa, é bem diferente Sinto que o amor está ausente Procurarei limpar-te da minha mente Libertar-me de ti finalmente É isso que eu desejo
Nota do autor: quem ler este poema de cima para baixo, como normalmente se lê, vai entender uma mensagem totalmente contrária à mensagem que o poema tem se for lido de baixo para cima… Lembro-me de uma vez, ter visto um poema assim num blog, e desde essa época fiquei com vontade de escrever um nesse género… Escrito por John
Maldito seja o seu olhar Que me atravessa e despe devagar Maldita seja a sua boca Que me sacia a sede louca Não sei mais o que faço Fico neste embaraço Só busco o seu amor Para não sentir a dor Pois que ele é toda a minha vida Que agora anda tão perdida Prendo-me num instante E procuro-o incessante Como se vê-lo me bastasse E só disso precisasse Motiva de impaciência A minha consciência Inflama o fogo dentro de mim Que vai ardendo sem fim Faz-me desejar Ao ponto de não pensar Sem porquê, impele-me a descobrir uma cura para a minha falta de crença Quando nela já vejo uma doença Pois se quando julgava o amor a minha cura Este quase me levava à loucura Vens, estás, vais, no silêncio mudo Como se soubesses sempre tudo E dizes-me para não pensar Que isso a nada vai levar Roubas-me a calma Cegas-me a alma E eu, contento-me e esqueço-me perdida Mais uma naufraga à deriva Evitando pensar para não chorar Por fim resigno-me e deixo-me levar…
Pensamento que sempre voa, levado pelo vento, vogando pela minha imaginação Memória que muito magoa, carregada de tormento, aflige meu pobre coração Mesmo que me doa, todo este sentimento, tenho por minha obrigação Não pensar à toa, acabar o sofrimento, para recuperar a razão.
O ciclo devo quebrar, para não morrer, para de novo sorrir Vou voltar a acreditar, se quero viver, para o jardim florir A memória vou enterrar, procuro agora esquecer, quero vê-la a partir O ciclo vou quebrar, os cacos esconder, para poder então… Amar.
Um raio de sol Uma réstia de esperança Um sorriso apagado Um rosto magoado Olhos tristes de uma criança
É o mundo que temos E nós nada fazemos Nada podemos fazer Em cada esquina Em cada rua Há uma criança a sofrer
Chegou o momento Vamos unir forças E vencer Vamos ouvir a verdade Não queremos crianças a sofrer Queremos crianças que brinquem E que correm com felicidade.
São três da madrugada. O silêncio invade as ruas da cidade, só há mundo adormecido, pelas ruas estreitas sopra uma brisa fria e embora estejamos em pleno mês de Agosto. Eu ia avançando pelo silêncio da noite, ao longe ouvia-se o ruído das fábricas que ainda mantêm o seu trabalho durante a noite, aqui até se ouve o miar de um gato que tenta encontrar o seu jantar. Mais à frente ouve-se também o gemido de um sem abrigo que tal como os animais tenta encontrar o seu jantar. Antes de avançar, parei para pensar: em pleno século XXI como pode existir tanta pobreza e fome num pacata cidade alentejana. Decidi então avançar em sua direcção, voltei para trás encontrei uma estação de serviço e entrei, olhei para o pouco dinheiro que tinha, contei-o várias vezes, era pouco. Comprei alguma coisa para aconchegar o estômago, mas de repente lembrei-me do sem abrigo que tinha encontrado fui ao seu encontro e partilhei com ele a comida que tinha comprado. Emocionado ele agradeceu-me. Pouco tempo depois dei comigo sentado ao lado a contarmos histórias das nossas vidas. Rapidamente amanheceu e o dia aclarou, a cidade acordou e eu segui para a minha casa como fosse um viajante da noite...
Há um silêncio total dentro de mim. Assusto-me... Tenho medo dele... Minha alma chora por não achar sentido. Pensamentos me confundem. Perco-me na noite escura depois de um dia claro e luminoso. - A realidade é muito estranha... -"Deus me perdoe creio que estou divagando sobre o nada" Mas alguma coisa se quebrou em mim. Tenho que recuperá-la, Antes que o silêncio englobe meu ser, E a realidade torne-se um fardo. Quero ir além... Quero alcançar tons belos... Cortar essas asas que me impedem de encontrar-me. Essas asas que só me trazem o que sempre evitei viver. Tenho forças para isso... Vou recomeçar tudo outra vez... Mas com o coração em paz, Sabendo que não precisarei mais de asas, criadas essas por mim...
Quem Diabo sou eu…? Que pessoa invulgar… Que dia o meu… Que me faz delirar…
Há dias assim… De manhã à noite… Que nada vem para mim A não ser um açoite…
Tudo o que se faz… Acontece das piores maneiras Neste dia só sou capaz De fazer asneiras…
Mandaram-me dormir… Acordado ainda estou Acordado, e a sentir Este dia que passou…
Hoje, todas aquelas histórias Tudo aquilo que passei Todas aquelas memórias Tudo aquilo que amei Tudo ao de cima voltou Tudo o que devo esquecer Tudo aquilo regressou Para mal do meu sofrer…
Dormir, eu devo, talvez… Adormecendo eu possa Fechar os olhos de vez Sair desta fossa Sonhar, eu devo isso a mim Sonhar para amanhã O dia não ser tão ruim Será esperança vã…?
Estendido sobre a minha toalha No meio do extenso areal Onde todos se deleitam com o calor enviado pelo sol Uns de pele mais clara, outros de pele mais morena O aroma dos protectores solares paira no ar As gargalhas, os pulos de crianças a brincar Ao longe, quase a perder de vista, uma traineira Gaivotas, parecendo fazer escolta. A água do mar está serena e de temperatura agradável Como é bom aqui estar, poder sentir e observar A minha mente já está a começar a navegar Em encontro do mundo que ninguém vê A pensar naquilo que te faz infeliz Os dissabores, as tristezas, o mundo… As sombras da minha vida Mas nunca me irão deixar viver em paz? Ando farto da vossa companhia Ainda por cima, ninguém vos convidou… Sinto-me tão infeliz… Desejo tudo e nada tenho Ou melhor, o que ambiciono ter Centenas são as pessoas que me rodeiam Será que pensam ou têm os mesmos problemas que eu? Os seus rostos mostram satisfação e alegria Ou usam as mesmas máscaras que eu? Somos todos iguais… Cada um com o seu(s) problema(s) Uns têm tudo, são tristes Outros nada têm, tristes são. Aqui somos todos iguais Não havendo diferenças de classes sociais Deitamo-nos todos na mesma areia Vamos a banhos à mesma água Bronzeamo-nos com o mesmo sol. Mas não conhecemos ninguém Cruzam-se olhares Conversas soltas surgem Ao lado de estranhos nos deitamos A praia é milagreira Tornando-a na verdadeira essência humana Natureza e seres vivos juntos num só Mas, quando voltamos ao nosso pequeno mundo Nos esquecemos destes momentos Sem classes sociais, nem preconceitos Uns mais vestidos, outros semi-nus ou quase nus E assim na sombra da praia Descrevo o que vejo e o que penso O que todos sabem, mas não fazem lema de vida…
Com as minhas mãos Escrevi poemas da vida Com as minhas mãos Desenhei um caminho Que não tinha saída Com as minhas pernas Segui na noite sem fim Com as minhas pernas parei E disse: o que será de mim? Com os meus olhos eu segui Uma estrela cintilante Com os meus olhos eu vi Que o caminho que tinha Desenhado tinha uma saída Lá mais adiante
Quando eu vi naquela gente de pé no chão De pele vermelha, cabelos lisos Muitos Risos...Admirei Quando eu vi aquela gente contente de Ter o céu como teto A lua como enfeite, A terra como o chão, E o mar para brincar Percebi onde mora a liberdade Aquela gente que em cada rosto deixava exposto A simplicidade Quando eu vi, enxerguei Que na terra não há rei, Que os muros nos separam... E os concretos não nos deixam ver o céu Senti uma aflição e alma irriquieta O que é ser livre na cidade? Indago. Não sei...respondo. Quando vi naquelas pessoas de pés descalços, Que andam a pé, contando somente com o hoje! Eu me envergonhei de minhas tolas ambições, De minha falsa modéstia... Que me faz prisioneira do meu desejo.Que me molesta! E aí comecei a entender um pouco o sentido da liberdade, Percebi o que me tranca São as grades da vaidade
Longe está ainda de findar Esta situação em que me encontro Ainda tenho muito que vogar Por este mar revolto…
Impedi a nau de naufragar Deus veio em meu auxilio Mas à deriva estou a navegar Continua o meu martírio…
Vento… que sopraste forte Afasta-me agora desta morte A um abrigo me deves levar, De modo a eu poder a nau reparar Chuva… que caíste violenta Durante esta grande tormenta Lava agora a minha dor Deste meu coração sofredor Sol… que te escondeste assim Durante a tempestade sem fim Vem-me agora confortar e aquecer De modo a melhor sobreviver Lua… que assististe a todos os enredos Testemunhaste todos os meus medos Vem-me agora guiar e alumiar Com a bela-luz do teu luar Mar… tuas ondas deveras ameaçaram Violentamente a minha nau balouçaram Embala-me agora suavemente Embala agora a minha mente…
A Equipa do Na Escuridão da Noite vem por este meio desejar os parabéns à nossa colaboradora Helena Limpinho que cumpre mais um ano de vida hoje. A ela, tudo de bom, sempre na companhia de quem estima. Um grande beijinho de todas as pessoas que colaboram neste nosso blog.
Tão cedo não vou esquecer Esta grande tempestade, E o que me fez sofrer Por sua vontade…? Uma coisa não quero crer Que tinha sido por maldade... Que quase me afundou Num mar de fatalidade Onde quase tudo acabou…
Agora posso aqui dizer Que me sinto à vontade, E já não estou a sofrer Por essa tempestade. Que quase me fez morrer... Sem fugir à realidade, Continuo a ser quem sou Mas que o meu pensar mudou. É uma cruel verdade E o meu amor terminou…