
Maldito seja o seu olhar
Que me atravessa e despe devagar
Maldita seja a sua boca
Que me sacia a sede louca
Não sei mais o que faço
Fico neste embaraço
Só busco o seu amor
Para não sentir a dor
Pois que ele é toda a minha vida
Que agora anda tão perdida
Prendo-me num instante
E procuro-o incessante
Como se vê-lo me bastasse
E só disso precisasse
Motiva de impaciência
A minha consciência
Inflama o fogo dentro de mim
Que vai ardendo sem fim
Faz-me desejar
Ao ponto de não pensar
Sem porquê, impele-me a descobrir uma cura para a minha falta de crença
Quando nela já vejo uma doença
Pois se quando julgava o amor a minha cura
Este quase me levava à loucura
Vens, estás, vais, no silêncio mudo
Como se soubesses sempre tudo
E dizes-me para não pensar
Que isso a nada vai levar
Roubas-me a calma
Cegas-me a alma
E eu, contento-me e esqueço-me perdida
Mais uma naufraga à deriva
Evitando pensar para não chorar
Por fim resigno-me e deixo-me levar…
Escrito por Helena Limpinho
4 Comentários:
Um Beijinho, João.
Abraço Vagabundo
Muito bonito o poema que escreveste, fiquei encantada.
Bjs
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