Lá fora a chuva cai
O fim de semana chegou
Mais um dia se passou
Mais umas horas de angústia e solidão
Que parecem não passar
Em mim cai a chuva também
Em forma de lágrimas soltas
Soluços reprimidos
Alma cansada de lutar e procurar
Vazia, oca e sem sentido
E mais um fim de semana se passou
Sem ti
Aqui
Para partilhar a minha vida
E a chuva cai
Indiferente
Ao meu sentir
Escrito por Partilhando o meu eu
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Lá fora a chuva cai
O fim de semana chegou
A rua deserta rende-se à terrível escuridão.
Lojas fechadas. Apenas cães vagueiam pensativos,
Carros, cada vez mais raros, quebram a evasão,
Rasgam a noite adormecida, desaparecem esquivos.
E as gotas da chuva salpicam a janela.
É Domingo. E eu nunca gostei do Domingo.
Como estátua de cera, vou ficar aqui, quieto, calado,
Esperar pelo momento ansiado em que me vingo,
Encarnando a raiva deste silêncio febril, envergonhado.
E a chuva fortificada desafia a janela.
Oiço apenas o sangue latejar-me nos ouvidos,
Como se eu fosse um autómato pré-programado,
De emoções e sentimentos trancados e proibidos,
Com passado mais que secreto e futuro adiado.
E a janela combate a força da chuva.
Os candeeiros da rua acendem-se bruscamente!
Peço-lhes, gentilmente, que se voltem a apagar:
“Essa vossa luz alaranjada, teimosa e insistente,
Empalidece toda a beleza rutilante do meu luar”.
E a chuva feroz chicoteia a janela.
É com silencio trocista que me olham desafiantes,
E o luar esmorece enquanto o observo desfalecer,
Sou percorrido por certezas amargas e lancinantes,
De que nada tenho a ganhar, nada tenho a perder.
E a janela rende-se finalmente, alagada.
Escrito por EXTRANUMERÁRIO.....
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Lá fora a chuva cai
O fim de semana chegou
E...
Se eu pudesse atingir
a quietude das coisas simples,
a serenidade das harmonias mortas,
e dormitar na inconsciência
de tudo quanto não existe!
Se eu pudesse banir a melancolia,
porque me atormenta,
me afunda,
me reduz ao desespero de não saber viver!
Se eu pudesse perseverar em ser alegre,
fruir confiança
e reter na minha alma
sómente os momentos divinos de prazer!
Viver só por viver!
Nada querer além da vida,
não devassar meu Eu,
e embalar-me tranquilamente na esperança dos meus sonhos!
Ah! Se eu pudesse adormecer!...
Escrito por Menina Marota
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