E agora está tudo acabado, do outro lado da linha ela dá um sorriso amarelado, tosco, sem gosto.
O nó aperta-lhe a garganta, aperta-lhe o riso, afrouxa-lhe o risco.
É o momento da despedida,para ela o principio do precipicio... o fim do que não começou... sente -se castrada ,roubada...
O (a)feto morto ainda em gestação.
Cordialmente , ele lhe diz adeus...
- Oh Deus, um mundo desabou. todos os sonhos agora estão à margem...
todas as lembranças neste instante a sua mente invadem, mas lembrar o que?
cartas e mais cartas, nem mesmo a sua letra ela viu.
um amor cego, de cego...
Naquele momento, o sorriso, o bom humor era a sua fantasia ,
naquele momento, o choro contido não mais se deteve...
os olhares que sempre foram vazios, continuaram... ele não estava lá para ver as suas lagrimas, lagrimas que a esfolava por debaixo...
ela estava triste entre o tudo e o nada que viu e enxergou...
chorou por ele, chorou por si própria... se sentia morta entre o tudo e o nada que vivia...
sorrisos que choravam...
choros que sorriam
que tentam não demonstrar a dor insuportavel do fraco.
E o tempo como cura...
Ele diz que o futuro a Deus pertence...oferta-lhe uma poesia ja feita, derrepente acabou a (ins) piração
ela pensa que ele nunca a teve...
talvez ele pensa que ela é louca demais
ela acha que ele não sabe ousar...
e contudo voltam a se falar, como se nada tivesse acontecido e
(realmente) nada aconteceu e (real)-mente tudo pode acontecer...
Escrito por A poetisa
2 Comentários:
Beijinho
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